Natureza, histórias e lendas...
E impossível entrar ao Uruguai pela estrada Ruta 9, que leva do Chuí até Montevideo, sem notar a presença do magnífico Parque Nacional Santa Teresa; em Rocha, a 33 km da fronteira e 192 de Punta del Este, encontra-se um espaço de cuidado e proteção natural único.
Com 740 hectares de terreno, o Parque, que é Administrado por pessoal do Exercito uruguaio, está aberto todos os dias de 08 a 18 horas em inverno, e as 24 horas em verão. Oferece aluguel de cabanas para militares e civis, também tem camping, espaço para motorhome e até um hostel, oito banheiros espalhados por todo o espaço, com água limpa e potável, aquecedor de água solar, energia elétrica e iluminação de led em todos os espaços de alojamento, churrasqueiras, boca de incêndios ou hidrantes e refúgios para os usuários em casos de incêndio florestal, com sinalização em todos os pontos de acesso ao público.
Além disso, oferece para seu lazer: quatro praias com acesso para deficientes, mirantes de baleia, áreas de pesca, serviços de caixa eletrônico, supermercado, padaria, restaurante, central telefônica de Antel (que atende no verão), bombeiros (civis e do exército), serviço odontológico, de enfermagem e oficina mecânica com borracharia (do exército) para emergências, serviço de ônibus interno que percorre os locais de interesse e estradas em boas condições.
Também há um lindo lugar onde comprar suas lembrancinhas ou brindis, pode curtir a choeira ou um belo e pacifico chafariz, ha uma estufa e um sombráculo com grande variedade de plantas, entre elas trezentos tipos diferentes de rosas; tem peixes, um aviário com variedade de pássaros e outros animais nativos que convivem com os visitantes em absoluta liberdade e respeito.
Embora não esteja permitido o acesso ao camping ou as cabanas com bichos de estimação, você não precisa deixá-los, pode trazê-los porque também tem canil para ter o seu pet por perto, um centro de carga elétrica para carros híbridos ou elétricos e prevê a incorporação de uma fazenda fotovoltaica. Estabelece-se uma velocidade máxima de 20 km/h, não só pelo perigo do estreito das estradas ou pelo transito interno de pessoas, mais também pela presença de animais que perambulam por toda a área com absoluta naturalidade, como capivaras, vacas e cavalos.
A coleta de lixo não e 100% a ideal, mais tem pontos de colheita em todo o espaço, faltando ainda a presença de lixeiras específicas para diversos tipos de materiais -orgânicos, plástico, papel, metais, vidro e outros-, as águas grises e negras são despachadas na floresta, obtendo assim um tratamento natural de reciclagem, não contaminando a água potável -que é tratada numa Unidade de Potabilização de Água (UPA)-, e gerando adubo orgânico para as plantações e árvores do Parque.
É necessário fazer uma menção especial ao trato do pessoal militar que serve no Parque, a educação e a vontade de serviço marcam o perfil dos funcionários, que estão sempre prestes a informar e assistir os turistas.
Alí se ergue um monumento colonial de pedra que faz parte da história e das lendas de uma região: um local disputado pelos portugueses, que o construíram em 1762 e os espanhóis que o tomaram em 1763, sendo invadido novamente pelos portugueses e conquistado finalmente para a Coroa Espanhola pelo coronel Leonardo Olivera em 1825. A 58 metros acima do nível do mar, por apenas 50$ de entrada é possível ter uma vista esplêndida dos arredores.
No interior da Fortaleza pode se encontrar a antiga Comandancia, o polvorin onde ficaban armazenadas as armas, a capela, os canhões nas frestas das paredes que lembram a função de defesa, a forja, a enfermagem onde se cuidava dos feridos de guerra, a cozinha, os túneis que funcionavam de saída de emergência em tempos de guerra e o museu; mais não adianta contar mais, tem que vim visitar, vale a pena e num dia não vai dar para curtir de tudo.
Depois de ter sido abandonado por quase cem anos, em 1921, pela iniciativa do Horacio Arredondo com o apoio do Presidente da época, Dr. Baltasar Brum, e o trabalho de uma comissão disposta a recuperar a história, a identidade do território e os valores de lealdade e amor ao país, foi possível trazê-la novamente à vida é preservá-la até hoje.
Essa reforma trouxe também à vida a lenda do “Coração de Pedra”, a trilha de Alúa, a sereia, que serviu para retomar a historia indígena no país - é bom lembrar que os índios ou aborígenes naturais destas terras foram quase todos asassinados http://memoriasdopampa.blogspot.com/2017/04/o-massacre-dos-charruas-em-salsipuedes.html - por isso e bom saber que o depositário legal, Sr. Carlos Ferrer, se importou pela recuperação e preservação dele, e que o escritor Juan Antonio Varese e a Revista Histórica Rochense lembrem as novas gerações que a historia da região não pode ser apagada e deve ser relembrada e por isso torcemos para o pronto retorno do "coração" ao seu lugar de origem. Conheça:https://www.revistahistoricarochense.com.uy/
Para se informar mais dos serviços do Parque assim como da Fortaleza, você pode acessar o site http://www.serviciodeparquesdelejercito.com.uy/ o pode se comunicar pelo e-mail cabanas.santateresa@hotmail.com para fazer a reserva de seu alojamento.
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